sábado, 31 de março de 2012

Viagem a Westeros

Estreia em primeiro de abril, sem mentiras, a segunda temporada do épico Game of Thrones, série produzida pela HBO. O primeiro episódio da season será exibido simultaneamente nos Estados Unidos e no Brasil. Os 10 episódios adaptam o segundo, de sete, livros de As Crônicas de Gelo e Fogo.  




A HBO continua a ação logo após a morte de Eddard Stark, conhecido como Ned. Ele era a Mão do Rei Robert Baratheon e Guardião do Norte. Ele foi decapitado por traição, após ter armado para "usurpar" o trono de Joffrey Baratheon, suposto herdeiro do Trono de Ferro após a morte de Robert.

Os fatos do fim da primeira temporada levam ao que será chamado de Guerra dos Cinco Reis. Em Porto Real os Lannister coroam Joffrey como rei dos ândalos, roinares e dos primeiros homens. Stannis Baratheon é coroado por seus vassalos em Pedra do Dragão, a ilha que ele tomou dos Targaryen na rebelião de Robert. 

Quanto aos Targaryen, a última herdeira dos Dragões, Daenerys, está na Baía dos Escravos do outro lado do mar, reunindo suas forças para retomar sua herança em Westeros. Ao mesmo tempo, Renly Baratheon também reivindica para se o Trono de Ferro e entrara em confronto contra as tropas Lannister e as de seu próprio irmão Stannis pelo poder no Sul.

Em Winterfell, sede da Casa Stark, Robb Stark e seus vassalos declaram a independência do Norte, como foi no passado antes da invasão Targaryen. Os senhores do Rio, por sua fidelidade à casa Tully, declaram apoio a Robb, uma vez que ele é filho de Catelyn Tully. Ainda mais ao norte está a muralha, que protege o reino dos Homens dos Outros.

Jon Snow, o bastardo de Winterfell, sai com a Patrulha da Noite em busca do antigo chefe dos patrulheiros, seu tio Benjen Stark! Muitas emoções aguardam aos fãs do seriado, que promete surpresas, intrigas, traições, sangue e batalhas de tirar o fôlego.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Coleção Vagalume no Cinema

A notícia tem algum tempo, mas merece comentário no Unidade de Informação. Parte da infância e da adolescência de muitas pessoas, eu entre elas. A Coleção Vagalume é publicada pela editora Ática desde a década de setenta. E, agora,  Um Cadáver Ouve Rádio e O Mistério do Cinco Estrelas serão transformados em filmes pela produtora RT Features.

Não acompanhei as aventuras de Leo, Gino e Ângela, protagonistas de ambas as histórias. Por outro lado, os livros da coleção estiveram entre os meus favoritos. A Serra dos Dois Meninos, de Aristides Fraga Lima, foi um deles. Na história os irmãos Maneco e Ricardo deixam Salvador para passar as férias na fazenda recém comprada pelo pai, localizada no sertão nordestino.




A fazenda Gravatá era limitada por três Serras: do Capitão; do Meio e Gravatá, que dava nome à propriedade. Durante as férias eles presenciam uma festa em que o gado comprado pelo pai recebe a nova marcação. Os garotos ouvem histórias sobre a lida no campo, sobre a seca e sobre as serras, que foram refúgio dos cangaceiros.

Com as histórias e a curiosidade infantil, Maneco e Ricardo saem para explorar os arredores. Eles seguem na direção das montanhas e se perdem em meio à selva, na serra do Meio. A família e os agregados ficam preocupados pela demora no retorno dos garotos e partem em busca dos jovens. 

A curiosidade deles se tornou a minha. Na época fantasiei grandemente uma aventura parecida com a de Ricardo e Maneco e, também, com outras fantásticas viagens proporcionadas pela coleção Vagalume. Livros como A Serra dos Dois Meninos, Pequenos Jangadeiros, Do Outro Lado da Ilha e A Ilha Perdida fizeram de mim um leitor inveterado. 






quinta-feira, 29 de março de 2012

"All in one rhythm" é provável slogan de 2014

Há 805 dias para a abertura da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, a Fifa definiu o slogan da competição. A frase, em inglês é All in one rhythm, que em uma tradução literal seria Todos em um só ritmo. A informação é do site Máquina do Esporte. A Fifa apresentou o provável slogan aos seus patrocinadores há cerca de um mês e, o anúncio oficial, deve ser  feito no mês de maio.




O slogan foi escolhido a partir de consultas públicas, que analisaram as expectativas do brasileiro em relação ao evento. Por outro lado, não podemos esquecer que o país tem toda uma cultura musical com os vários ritmos que, apesar das críticas de diversos setores da sociedade, devem caminhar lado a lado na realização do mega evento.

A Copa do Mundo da Fifa volta ao Brasil após sessenta e quatro anos, quando aconteceu  o  Maracanazzo, em que o selecionado nacional foi derrotado em pleno Maracanã pela Uruguai. Doze cidades irão sediar a competição. Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Cuiabá, Brasília, Natal, Manaus, Fortaleza, Salvador e Recife. 


segunda-feira, 26 de março de 2012

Ciclo de Debates - Jornalismo/UFG



Em meio às polêmicas envolvendo a Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia (Facomb) onde cursei minha graduação em jornalismo e, onde estou concluindo especialização em Assessoria de Comunicação e Marketing, recebo o seguinte comunicado:

"O curso de Jornalismo da UFG inicia neste ano de 2012, um ciclo de palestras em torno da atualidade social, política, cultural e econômica. O objetivo é oferecer à comunidade acadêmica, e ao público em geral, debates sobre o nosso cotidiano local, nacional e internacional.

Para 2012, os professores do Curso de Jornalismo foram convidados a apresentar temáticas de suas especialidades de conhecimento e pesquisa. Já nos próximos anos, teremos convidados de outras universidades, estudiosos que trabalham em conjunto com os nossos pesquisadores, políticos, jornalistas nacionais e correspondentes estrangeiros.

A primeira ocorrerá na próxima quinta-feira, 29, e será proferida pelo professor Juarez Ferraz de Maia, coordenador do Curso de Jornalismo. O tema é um dos mais atuais nas redações e debates sobre Jornalismo Internacional: OrienteMédio - Síria: por que o governo não cai?"

sexta-feira, 23 de março de 2012

E o Salário, oh!

Aos 80 anos morre Chico Anysio, um dos mais importantes humoristas brasileiros. Ele fez a alegria de vários gerações em nosso país, inclusive a minha, que me encantava com sua Escolinha do Professor Raimundo. O maior bordão do professor que representava a classe que mais deveria ser valorizada em nosso país, por que forma a nação, entitula esse post.


A educação estadual em Goiás está em greve. As estatísticas divulgadas pela Secretaria Estadual de educação e pelo Sindicato dos trabalhadores da educação do estado de Goiás divergem quanto à adesão ao movimento grevista. a SEE afirma que apenas 8% das escolas pararam, enquanto o Sintego afirma que 80% delas estão sem aula. 

O movimento luta pelo retorno do plano de cargos, carreiras e salários que foi decapitado na gestão do secretario Thiago Peixoto, eleito deputado federal pelo PMDB e que migrou para o PSD para aderir ao governo tucano de Marconi Perillo. O governo incorporou os ganhos por titularidade ao salário-base da categoria, de modo a "cumprir" o piso salarial determinado pelo governo federal.

As escolas estavam paradas há 40 dias, quando o governo deu sinal de que iria negociar, entretanto pediram um prazo descomunal para apresentarem uma contraposta. Hoje, os docentes da rede pública estadual não têm incentivo algum para prosseguirem seus estudos, se especializando para oferecer maior qualidade do ensino.



O país não via mudar enquanto nossos governos não entenderem que a base da mudança está na educação. Enquanto aqueles que escolhemos para nos representar nos poderes executivo e legislativo permanecerem inertes, desvalorizando o profissional docente. Enquanto o bordão do Professor Raimundo, "E o salário, Oh!" continuar a ser verdadeiro e atual.

quarta-feira, 21 de março de 2012

[Na Visão do Peão] - Tem que ser assim?


Vivemos tempos diferentes. Não há meios que não sofreram a influência do dinamismo de informações, da internet e do modo de vida mais efêmero atual. Nessa mesma inércia, a música sofreu um grande impacto com a divulgação por mídias digitais e a facilidade de acesso da população à produção. E com a música sertaneja aconteceu o mesmo. As duplas e suas equipes tiveram,e tem, que aprender a lidar com esses novos mecanismos de promoção e principalmente com os novos públicos. Digo isso porque o sertanejo, que já era transformado pelo apelo jovem e pela perda de tradições, foi impactado de maneira drástica.

            Com o público jovem sendo muito mais ativo nas mídias sociais, fazer música pra adolescente se tornou um negócio muito rentável. São eles que mais compartilham frases de músicas com as quais se identificam, promovem no twitter, freqüentam festas do meio. São eles que fazem o chamado “share off line”, contam com entusiasmo aos amigos e promovem pelo simples fato de se identificarem.
Mas o fato mais importante disso tudo é o que as duplas produzem para atingir tais públicos. Letras como

“É meu defeito, eu bebo mesmo,
Beijo mesmo, pego mesmo!
E no outro dia nem me lembro... é tenso!”


se aproximam muito mais do cotidiano jovem que um clássico rural. O que preocupa de verdade é a qualidade do que vem sendo produzido. Não é pecado algum compor ou interpretar tais canções, não mesmo, o que agrava é o total foco nesse tipo de música. Embora a identificação seja um apelo justificável, o álbum não pode se basear apenas em pequenas baladas dançantes. O sertanejo enquanto vertente musical se torna banal, fútil.
Não estamos dizendo que o sertanejo deve tomar um caráter “cult”, mas sim que o álbum sertanejo deve trazer de tudo que a cultura rural tem em si. A vida no campo, a lida com o mato, mas logicamente sem deixar de retratar o cotidiano urbano; afinal o que atrai é mesmo o corriqueiro aliado ao jeito caipira de ver o mundo.
Daí, chegamos em uma dúvida cruel: a música deve se adequar ao povo, ou o povo à música?

“A arte imita a vida ou a vida imita a arte?”

O que sabemos é que dá, e muito bem, pra se fazer música sertaneja, atual, densa, de linguagem jovem, divertida e sem ter que apegar-se à princípios bobos e mercadológicos.

Deixo vocês com exemplos disso:




“Não tem solidão, nem descabreio pra mim...
Sou Pedra 90, sem poeira, sem arrogado...
Homem de rocha, que nos males pisa sozinho...
Na visão do peão, falou tá falado!”

Boa Noite, Companheirada.




segunda-feira, 19 de março de 2012

[Hot Shots!] O Locaute Nosso de Cada Ano...




O locaute (greve de jogadores) nas ligas americanas não é novidade pra ninguém. O embate sobre a distribuição dos lucros sempre foi motivo de discórdia onde, realmente, nenhuma das partes parece ter razão completa. Mas deixemos de lado nesse post os motivos da briga e nos apeguemos nos efeitos dela.
Temos nesse ano uma discrepância muito grande entre os times. Vemos Miami Heat e Chicago Bulls pela Conferência Leste e Oklahoma City Thunder, pela Oeste, como os grandes favoritos e pouquíssimos figurantes à desafiar essa soberania, talvez Orlando Magic e San Antonio Spurs. E por mais que os playoffs sejam selvagens, mesmo equipes mais tradicionais não vem demonstrando potencial para surpreender, é o caso de Lakers, Knicks e Dallas (atual campeão).
A tão temida greve...
Os jogos são dispostos de modo mais compacto, para compensar o tempo gasto pelo locaute, e desse modo há menos para as equipes se organizarem ao longo da competição e assim, equipes que fizeram poucas mudanças levam vantagem. Além disso, as road-trips (sequências de jogos fora de casa) são mais intensas, o que acarreta no aumento do número de lesões e no desgaste físico dos atletas.
O basquetebol é, por si só, magnífico. Possui um potencial único de admiração popular e a liga sabe administrar isso. Mas enquanto a cúpula administrativa não atentar ao fato de que é necessário de agradar todo mundo que gera o esporte, nós teremos que nos acostumar com locautes cada vez mais ferrenhos.

Enchente de São José

Dezenove de Março. Dia de hoje começou cedo. Estava em Caldas e precisava voltar para Goiânia, afinal, trabalho a partir de oito da manhã. Quando sai de casa o céu estava nublado, o sereno fino da madrugada começava a se transformar em chuva, que na rodovia se metamorfoseou em tempestade. Não lembrava do motivo até ver os Tópicos mais comentados do tuíter hoje. 




Dezenove de Março. Dia de São José Operário. Padroeiro da comunidade onde nasci e cresci. Em sua igreja fui batizado, minha primeira eucaristia e a crisma. Por pelo menos seis anos servi ao altar como coroinha. Atuei na Infância Missionária como membro, coordenador e assessor. São José é a esperança no sertão. No Nordeste do Brasil chuva no dia do Esposo de Maria é sinal de ano com fartura, de água e de colheita.

Não sei como, mas essa informação chegou até mim. Minha família carrega essa crença. A enchente de São José, lembro de minha mãe, meu avó e minhas avós falando disso. Engraçado é que a mãe de minha mãe era evangélica, mas ela não abandonou a reverência aos santos. Guardava os dias de Nossa Senhora Aparecida e de seu esposo, José. 

Guardávamos folhas de palmeiras, abençoadas no Domingo de Ramos, para nos proteger da chuva torrencial de José. Ela não viria necessariamente no dia 19. às vezes o santo se adiantava um ou dois dias. Às vezes ela se atrasava. Qualquer dia entre dezessete e vinte e um ela poderia desabar. Chuva, pé de vento, trovoada.

José era carpinteiro. No seu dia comemora-se também o trabalho que ele realizava. Carpinteiros e marceneiros seguem seu padroeiro em meados de março, do mês que Elis e Tom cantaram para fechar o verão.


quinta-feira, 15 de março de 2012

Impressões sobre "Hugo"

"Cada coisa, cada objeto, cada criatura tem seu propósito e, caso não o cumpra está quebrado." O jovem Hugo Cabret define sua paixão por consertar dessa forma.  Ele o faz enquanto conversava com Isabelle, que é sobrinha do dono de uma loja de brinquedos na estação de trens em que ele vive escondido, na Paris dos anos 30.




Hugo é órfão, filho de um relojoeiro que morreu durante uma explosão no museu onde trabalhava. Ele herdou um automato do pai, mas o pequeno robo estava estragado. Cabret necessitava, a todo custo, consertar o brinquedo para provar a si mesmo e aos outros do que era capaz. George era dono da loja de brinquedos e tomou de Hugo um caderno com  desenhos de seu pai.


O filme é cercado por dois conflitos principais. O desejo de Hugo por consertar o autômato e sua fuga do Guarda que tomava conta da Gare du Nord. Georges queria queimar o caderno, o Guarda queria entregar a criança a um orfanato. Scorcese dirige o filme e, o diretor coloca a criança como seu alterego na obra que foi filmada em 3D, usando a mesma tecnologia que James Cameron usou em seu Avatar.


Infelizmente não consegui assistir à fábula nos cinemas o que, consequentemente, me impediu de vê-la em três dimensões. O filme faz um recorte da história do cinema. Ele retoma os primórdios da produção cinematográfica, contrapondo a reprodução da realidade filmada pelos Irmãos Lumière à fantasia presente nas obras de outro pioneiro. 

quarta-feira, 14 de março de 2012

Ou Vai ou Racha! (Libertadores)

Não. Não é novidade que a Libertadores é um campeonato diferenciado. A lógica das jogadas, o raciocínio, o gol, tudo acontece de um modo mais arrastado.
Digo isso pela plástica do jogo, e é uma forma de jogar que times brasileiros desconhecem. Isso porque sempre fomos acostumados à um modo mais "manhoso" de se jogar, com esquemas táticos mais abertos, que propiciam um maior e mais volumoso toque de bola. Diferente das demais equipes sul-americanas.
Nós facilitamos o trânsito da bola, por consequência, distribuimos os jogadores no campo de forma mais homogênea. Já eles, optam por esquemas que tumultuam o trânsito da bola e com jogadores sempre muito próximos um dos outros.
Vê-se que são esquemas conflitantes, extremos opostos, daí a dificuldade de lidar com eles:




Vendo o esquema mais à fundo (Equipe do Lanús que enfrentou o San Lorenzo) , percebemos que os jogadores de meio-campo não possuem uma função única, defesa ou ataque, se movimentam em todas as direções e tendem a compactar-se e dificultar os passes adversários de criação e, logicamente, passam a maior parte do tempo sem a bola no pé. Isso é adverso ao modo brasileiro de jogar. Em resumo, são times completamente pensados pro contra-ataque.
Digo isso pelo displays montados pelos técnicos, onde pela proximidade dos jogadores e as tabelas treinadas, permite-se uma rápida chegada ao gol.



Vejamos como times brasileiros se posicionam opostamente no campo:




Veja que cada jogador supre uma necessidade específica no campo, ou ataca ou defende, dependendo apenas do fato da equipe ter ou não a posse de bola. Em suma, são equipes que administram a bola e se baseiam mais na paciência: procuram espaços e depois atacam.



Um jogador, em especial, tem papel primordial nessa comparação: o Centroavante. Nas equipes sulamericanas que primam por um modo mais defensivo, ele é o "armador". Geralmente são atletas com um porte físico mais robusto e que distribuem a bola aos meias que chegam à frente. Já nas equipes brasileiras, o centroavante desempenha menos a função de segurar a bola, utilizando-se apenas da função de referência na finalização das jogadas, alegando aos meias uma maior responsabilidade de criação.



Além disso, essas equipes que jogam mais fechadas, atrás da linha da bola, usam melhor as faltas. Isso porque elas acontecem no início das jogadas, muitas vezes na zona intermediária do campo adversário, travando o jogo e evitando cartões amarelos.



Por fim, as equipes brasileiras devem se adaptar à equipes que não possuem esse nosso "orgulho", jogam realmente fechadas e na base do suor, e fazem isso com maestria. Vemos isso no Deportivo Táchira (Venezuela), Lánús (Argentina), LDU (Equador), Chivas Guadalajara (México), entre outros que disputam a Taça Libertadores desse ano. Eles jogam assim quase sempre, a gente não. Ou a gente aprende a jogar do jeito deles ou aprende a vê-los dando mais trabalho que deviam!

terça-feira, 13 de março de 2012

Norteña

Detesto ir ao supermercado fazer compras, mas dessa vez resolvi arriscar. O carrinho estava cheio, comidas e bebidas para o mês inteiro. Uma última olhada na prateleira das cervejas e resolvi trazer uma uruguaia pra casa: Norteña. Deixei na geladeira para que atingisse temperatura de consumo e depois resolvi experimenta-la.




Preparei carne na chapa para servir como tira-gosto da Norteña e mergulhei de cabeça na cerveja. Pesquisando sobre ela encontrei a seguinte descrição: "A cerveja Norteña apresenta uma coloração amarelo intenso e traz um aroma discreto de lúpulo e de frutas, além de um fino amargor, suave e pouco persistente. É uma cerveja refrescante e pouco encorpada. Combina com petiscos em geral, frituras, defumados, embutidos e castanhas. Vai bem com as tradicionais parrillas uruguaias e com os churrascos brasileiros."

A primeira coisa a chamar a atenção foi o aroma. A Norteña cheira amargo. Tudo indicava que seria uma cerveja forte, com sabor bastante acentuado. Realmente ela é bastante diferente do que conheço de cervejas, embora eu não seja especialista. Apenas aprecio. A uruguaia é suave e bem leve. Na boca ela lembra vinhos. Talvez o "aroma discreto de frutas" presente nas descrições que encontrei. Conversando com um amigo chegamos à conclusão de que ela parece ser duas cervejas diferentes, ao mesmo tempo.

Da mesma forma, chegamos ao ponto comum de que finalmente, talvez por que ela não estava 'estupidamente gelada', de que as cervejas realmente são bastante diferentes entre si. A temperatura adequada, se mostrou assim, fundamental para apreciar o produto de nossos vizinhos do sul. 





quarta-feira, 7 de março de 2012

"Honra Teu Pai"

Carnaval de 2012 foi só tranquilidade. Troquei a festa de Momo pela companhia literária de Gay Talese, que me presenteou com "Honra Teu Pai", tratado magistral sobre a Máfia Italiana em Nova Iorque. Talese é dos principais expoentes do new journalism,  e entre outros história narrou o surgimento, o ápice e a decadência da Famiglia Bonano, liderada por Joseph (Banana) Bonano, siciliano de Castellamare.

Gay Talese teve acesso praticamente irrestrito ao histórico da família, depois de decretada a prisão de Salvatore Bonano, conhecido como Bill Bonano. O mafioso era filho de Joe Bonnano e deveria suceder o pai, caso a Famiglia não tivesse entrado em decadência. O livro de Talese é aberto com o sequestro do Capo Regime, Joseph. A partir do crime ele conta como o siciliano se tornou o mais jovem dos líderes das Cinco Famílias de Nova Iorque e membro da Comissão Nacional da Máfia.

O filho de Joseph, Bill Bonano, casou-se com Rosalie Profaci, sobrinha de Joseph Profaci, líder da Famiglia Profaci. A proximidade das duas famílias protegia os Bonano, mas a morte de Profaci e uma divisão entre seus herdeiros fragilizou as ambas. Apesar de todos os contatos criminosos de Bill (Salvattore) Bonano, sua prisão e condenação foi motivada pelo uso de um cartão de crédito pertencente a um antigo corretor de imóveis.

No Brasil o livro foi publicado em duas versões, uma delas com o título de Honrados Mafiosos e, a mais recente, recebeu o título de Honra Teu Pai. No site da editora Companhia das Letras você pode conferir um trecho do romance-reportagem.

terça-feira, 6 de março de 2012

Até onde as ligas esportivas estadounidenses conseguem ser grandes?


São outros tempos. O dinamismo das informações, o volume de dinheiro, a repercussão midiática, tudo aumentou. Melhor, se intensificou. E no mundo dos esportes isso acontece de maneira ainda mais impactante: vê-se pela competitividade que se vê nas ligas mais conhecidas: NBA e NFL. Esses campeonatos tiveram que aprender a lidar com ferramentas até então novas no meio, como mídias digitais, blogs, redes sociais e o crescimento da audiência ao redor do mundo. Nada que a visão dos comissionários em investir sempre em técnicas de gestão não suprisse. Porém, como essas ligas superam as adversidades econômicas, políticas e até mesmo culturais, vividas atualmente nos EUA?



Muito se explica pelos modos de gestão de capital pessoal, desde os alicerces. Quando digo capital pessoal, digo de atletas e o sistema de seleção implementado desde as “High School” até o Draft da NBA. O bom jogador é analisado e avaliado desde garoto, suas habilidades, fraquezas, seu modo de agir. Ao ser escolhido, a franquia já sabe o jogador que terá no elenco.

É nesse tipo de organização que mora o sucesso da liga. Essa mesma filosofia imprime a otimização da formação de atletas: treinamentos específicos, acompanhamentos psicológicos, assistência médica, tudo planejado de maneira que o produto final seja um atleta totalmente capaz de fazer seu melhor jogo, gerar espetáculo, e daí, oferecer o que há de melhor no basquete.

O diferencial da NBA, e também da NFL, provém muito mais da organização e bons princípios de administração do que de talento nato dos jogadores. O sucesso é fruto do que falta, e muito pro Brasil: PLANEJAMENTO.

Colaborador - Bruno Barbosa



A partir de hoje não serei o único a escrever nesse blog. O meu amigo Bruno Barbosa irá fazer algumas participações, teoricamente semanais. Inicialmente ele escreverá a coluna Hot Shot, sobre as ligas esportivas estadounidenses. NBA e NFL serão os principais focos de suas colaborações, publicadas às terças-feiras. 

Além do Unidade de Informação, Bruno escreve em seu próprio blog, o To The Game e no twitter @BrunoR_Barbosa . Seja bem vindo, Bruno. 



Bruno dos Reis Barbosa, Relações Públicas e Músico. Metido à engraçadinho e apaixonado por esportes e música sertaneja. Nas colunas buscarei sempre aliar pequenos fatos à causas maiores, sem deixar de lado bom humor e a influência do Marketing. Estaremos juntos semanalmente na coluna "Hot Shots!", sobre esportes, e na " Na Visão do Peão", de música sertaneja. Grande Abraço, companheirada!